No fundo, as pessoas que gostam de poesia gostam, na melhor das hipóteses, de alguns versos, que repetem a torto, direito e despropósito. São como o autodidacta do poema epónimo de Alexandre O’Neill
(o qual“já ia na terceira
fasciculada história da pintura”)
que
“Se acaso em piquenique desdobrava
toalha em relva,
logo o Déjeuner
sur l’herbe lhe acudia à retentiva”.
MIGUEL TÁMEN , Artigos Portugueses (1960)
1 comentário:
GOSTAR DE POESIA
A peça é uma banal caricatura
e nada mais do que isso: o autor do texto
seguramente quis botar figura
não sei a que prpósito ou pretexto.
Gostar de Poesia?... Quem não gosta?
Não é questão de borla e de capelo,
mas de se ter uma alma predisposta
a distinguir o prático do belo.
Muita pessoa existe doutorada
que dentro das entranhas não tem nada
que tratos tenha com a Poesia,
enquanto sobra muito autodidacta
que ainda que de forma caricata
a sente na alma quando a pronuncia!
João de Castro Nunes
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