[…] Estuda-se, entre nós, como se não houvesse uma Pátria: como se cada objecto do nosso estudo não fosse um ser integrante dessa Pátria: quando nada da nossa terra nos devia ser indiferente: quando nem uma pedra dela é uma pedra qualquer; mas tem um cunho nacional, local, familiar: é a pedra doméstica do nosso lar; é a pedra do baptistério, do moinho e da fonte da nossa povoação natal, e é a pedra lascada que recorda as nossas origens ou a pedra dos monumentos, emblema da nossa glória, que celebra os feitos dos nossos antepassados. Cada objecto tem uma história, que o educando precisa de conhecer e de amar. Uma história e um destino! Será impossível ir arrancar assim a instrução aos flancos palpitantes da Pátria? […]
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3 comentários:
"CADA OBJECTO TEM UMA HISTÓRIA"
Bernardino Machado
O primeiro decreto que Lenine
fez promulgar quando começou
a governar a Rússia, mal termine
a atroz revolução que a devastou,
foi para proteger do pandemónio
que se havia instalado no país
os bens do valioso património
que era do povo a histórica matriz.
De hoje em diante - dise - não se toca
numa pedra que seja da nação
que por motivo algum se vende ou troca.
Alienar qualquer antiguidade
do povo russo é crime de traição,
de pura e simples lesa-potestade!
João de Castro Nunes
"NADA DA NOSSA TERRA NOS DEVIA SER INDIFERENTE"
Bernardino Machado
Em cada capitel, cada coluna
de igreja ou catedral, em cada areia
do vasto litoral, em cada duna,
em cada fortaleza, em cada ameia;
em cada seixo, trabalhado ou não
pelo homemprimitivo das cavernas,
em cada móvel, prato ou canjirão
pousado sobre um banco já sem pernas;
em cada colcha antiga de croché
ou de Alcobaça, quando verdadeiras,
das nossas velhas camas D. José;
em tudo quanto dentro de fronteiras
constitui património nacional
palpita... o coração de Portugal!
João de Castro Nunes
"NADA DA NOSSA TERRA NOS DEVIA SER INDIFERENTE"
Bernardino Machado
Em cada capitel, cada coluna
de igreja ou catedral, em cada areia
do vasto litoral, em cada duna,
em cada fortaleza, em cada ameia;
em cada seixo, trabalhado ou não
pelo homemprimitivo das cavernas,
em cada móvel, prato ou canjirão
pousado sobre um banco já sem pernas;
em cada colcha antiga de croché
ou de Alcobaça, quando verdadeiras,
das nossas velhas camas D. José;
em tudo quanto dentro de fronteiras
constitui património nacional
palpita... o coração de Portugal!
João de Castro Nunes
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