Há […] dois pólos essenciais na expressividade individual, dois limites expressivos no espaço dos quais as representações e as práticas do rosto adquirem todo o seu sentido. Por um lado, o de uma expressividade súbita, brutal, incontrolada, quando o rosto manifesta que o indivíduo está fora de si mesmo; por outro, o da impassibilidade de um rosto impenetrável. Trata-se evidentemente de duas possibilidades extremas que se podem encarnar em figuras opostas: as da paixão, do arrebatamento, da privação da posse do eu, da “perturbação” […] ; e, pelo contrário, as da temperança, da moderação, do comedimento e da posse do eu.
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1 comentário:
CHINHA
Tenho uma filha que me faz lembrar
uma Madona de qualquer painel
pintado pela mão de Rafael
por encomenda para algum altar.
Há no seu rosto um não sei quê que tem
um misto de ternura e de bondade,
aparentando um ar de santidade
exactamente como a sua mãe.
Deus pelo visto foi para comigo
extremamente generoso, amigo,
ao dar-me, entre outras, uma filha assim.
Com seu aspecto doce e repousante,
sempre que a vejo, cuido estar diante
de uma Nossa Senhora de marfim!
João de Castro Nunes
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