Quinta Feira, 1 de Janeiro
Estas são as minhas resoluções para o Ano Novo:
- ajudar os cegos a atravessar a rua.
- pendurar as calças antes de me deitar.
- guardar os discos nas capas quando acabar de os ouvir.
- não começar a fumar.
- tratar bem o cão.
- não espremer as borbulhas.
- ajudar os pobres e os ignorantes.
- depois daqueles horríveis barulhos que ouvi lá em baixo ontem à noite, prometi também nunca beber álcool.
O meu pai embebedou o cão a noite passada com brandy, na festa. Se a SPA souber, podem vir chateá-lo. Já passaram oito dias do Natal mas a minha mãe ainda não usou o avental de plástico verde que eu lhe dei! Para o ano que vem só leva sais de banho.
SUE TOWNSEND, O Diário Secreto de Adrian Mole aos 13 anos e 3/4
2 comentários:
BORBULHAS
Rir é saudável! Rir à gargalhada
é um dom dos deuses, que nem toda a gente
parece ter em grau suficiente
para o fazer da forma mais ousada.
Rir descontrai, desanuvia a mente,
retemperando-a em todos os sentidos
e sem ter precisão de comprimidos
bem faz ao corpo quando está doente.
Brincando, há que saber falar a sério,
dizer verdades com jocosidade
sem descambar, contudo, no impropério.
Nada há mais salutar do que o humorismo
que ao fim de contas, na realidade,
não passa de uma forma de humanismo!
João de Castro Nunes
O tema é a representação da situação social e política na Grã-Bretanha, com especial referência para a década de 1980,numa família vulgar de pequena burguesia citadina nos os três primeiros livros. Adrian desabafa ao longo da sua maturação como rapaz...fala por exemplo do divórcio dos pais, na mãe que se torna uma acérrima feminista;fala também da irmã,
Rosie Germaine Mole (após feminista Germaine Greer), cresce até ser rebelde; fala de Pandora, no seu interesse de amor em desenvolvimento contraditório, e os pais dela são parte de um meio pseudo-intelectual, de esquerda....A família é disfuncional de um modo clássico, quase lembrando a de banda desenhada . Marcou uma época de jovens, acho sempre actual
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