Dito isto, analisemos o comportamento de todos eles, do ponto de vista da forma, agora que está concluída a primeira semana de debates.
“Os extremos tocam-se” é uma frase que se aplica na perfeição aos comportamentos de Paulo Portas, do CDS-PP, e Francisco Louça, do Bloco de Esquerda. Ambos excelentes oradores, de palavra fácil e resposta pronta, equivaleram-se, nos confrontos já realizados, em eficácia e capacidade comunicativa, em empenho e entusiasmo oratórios. Também na preparação dos temas que foram debatidos.
Manuela Ferreira Leite, do PSD, e Jerónimo de Sousa, do PCP, têm estado lado a lado: no cinzentismo, na falta de entusiasmo nos debates, e na pouca expressividade comunicativa. Jerónimo consegue mesmo estar pior que Manuela Ferreira Leite, já que tem o hábito de falar a olhar para a mesa… como se os eleitores estivessem debaixo da dita, e não por trás das câmaras que o filmam. A timidez de Jerónimo de Sousa no relacionamento com as câmaras de televisão é notória.
José Sócrates, do PS, foi o líder que mais evoluiu. Ombreando com Paulo Portas e Francisco Louça, na capacidade comunicativa, nos dotes oratórios, no entusiasmo do discurso e na preparação dos temas em debate, deixou de ser o entrevistado truculento, agressivo e, por vezes, nervoso em excesso, que foi em debates anteriores e recentes. A evolução é notória e extremamente positiva para os interesses e objectivos do Partido Socialista.
Em termos de classificação, numa escala de zero a vinte, diremos que José Sócrates obtém 18 valores, Paulo Portas e Francisco Louça 16 valores, cada, Manuela Ferreira Leite 9 valores, e Jerónimo de Sousa 8 valores.
JOAQUIM ANTÓNIO - Associado da ALTERNATIVA
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