A Constituição da República consagra o princípio do equilíbrio de poderes entre os cinco principais Órgãos de Soberania:
. Presidente da República
. Assembleia da República
. Governo da República
. Supremo Tribunal de Justiça
. Tribunal Constitucional
O Protocolo de Estado define as seguintes precedências:
. Presidente da República
. Presidente da Assembleia da República
. Primeiro-Ministro
. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e Presidente do Tribunal
Constitucional, a par.
No Conselho de Estado, todavia, não tem assento o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
O Presidente da República, por rotina, recebe, semanalmente, para reunião de trabalho, de cerca de 01h00, o Primeiro-Ministro.
O Presidente da República raramente reúne com o Presidente da Assembleia da República, com o Presidente da Assembleia da República e com o Presidente do Tribunal Constitucional.
As relações formais de trabalho, entre Órgãos de Soberania, a dois ou mais, não são habituais, tendo como prática de comunicação entre eles, os serviços de correio ou por estafeta.
A actual legislatura tem poderes de Revisão Constitucional.
O País vive uma situação próxima da emergência nacional, que se caracteriza por uma grave e persistente crise na economia e na justiça que, põe a nu a falta de concertação entre Órgãos de Soberania e que faz aumentar a desconfiança dos Cidadãos face aos Agentes Políticos e à Democracia.
Como Cidadão, politicamente activo, observo esta fase da nossa vida democrática, com apreensão.
Como assessor político, que fui, do Presidente da República
Já propus, publicamente, e reafirmo que fará todo o sentido que os cinco principais Órgãos de Soberania, o Pentágono do Poder, independentemente das competências formais e das agendas autónomas, trabalhem mais em rede e acertem agendas comuns, avocando-se como Entidade Reguladora da Soberania, para bem da República Democrática.
O
Receio, contudo, que, a proximidade de Cavaco Silva ao PSD, a de Jaime Gama e José Sócrates ao PS, a de Noronha do Nascimento à CDU e a de Moura Ramos ao CDS, não os libertem das agendas desses Partidos e lhes retirem a autonomia que deveriam ter.
JOSÉ DIAS - Associado da ALTERNATIVA
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