quinta-feira, 27 de março de 2008

Dia Mundial Do Teatro













Diversas são as instituições ligadas ao teatro, que hoje, como noutros dias do ano, pugnam por uma posição mais confortável no panorama desta actividade cultural, que existe já desde a Grécia Antiga.
O Teatro nasceu em Atenas, associado ao culto de Dionísio, deus do vinho e das festividades e destacou-se em dois géneros que perduraram: a tragédia e a comédia. Textos de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, fizeram história na tregádia e comediantes como Aristáfanes e Menandro destacaram-se pelos seus textos de comédia.

Em Portugal, Gil Vicente é considerado o fundador do teatro português, enquanto Almeida Garret surge como um dos expoentes da escrita e dramaturgia romântica.
Já no século XX encontram-se grandes nomes da literatura portuguesa a escrever para teatro, como é o caso de Júlio Dantas, Raúl Brandão e José Régio. No conturbado período de finais dos anos cinquenta e inícios dos anos sessenta, o contexto político fomentou uma nova literatura de intervenção, que se estendeu aos palcos através dos nomes como Bernardo Santareno, Luiz Francisco Rebello, José Cardoso Pires ou Luís de Sttau Monteiro, que produziram grandes e intensas obras.

A partir do 25 de Abril, apesar da sucessiva falta de apoios por parte dos Ministérios da Cultura, em Coimbra, como noutras cidades do país, tem havido uma renovação de grupos que têm criadocolectivos de teatro universitário, regional ou itinerante, independentes e que têm sobrevivido com as suas actividades. Falamos de grupos como o Teatro Universitário dos Estaudantes de Coimbra (TEUC) e o Centro de Iniciação Teatral da Universidade de Coimbra (CITAC), mas também A Ecola da Noite, O Teatrão e Os Bonifrates.
Apostanto em programações teatrais que vão desenvolvendo nos exíguos espaços que lhe são concedidos, estes grupos, têm permitido em Coimbra, comemorar o teatro como arte maior.

Festejemos então o Festival de Athena, deusa da sabedoria e da poesia.




2 comentários:

Anónimo disse...

Deuses e homens

Teve o teatro primitivamente,
sob o olhar helénico de Atena,
seu berço de ouro em cada combatente
caído em Tróia por amor de Helena.

Homerizados pela Poesia,
em festivais aos deuses dedicados,
heróis com Aquileus e companhia
de novo se afrontavam nos estrados.

Por obra do teatro, os seus autores,
reavivando as cenas do passado,
perante o povo em palco apropriado,

mediante coros, música e actores,
divinizavam quase a humanidade
e o ser divino aos homens igualavam!

João de Castro Nunes - 17. março

Anónimo disse...

Errata:

No terceiro verso da segunda quadra do anterior poema, há que corrigir "com" para "como". Obrigado!