Mais morta do que viva, a minha companheira
Nem força teve em si para soltar um grito;
E eu, nesse tempo, um destro e bravo rapazito,
Como um homenzarrão servi-lhe de barreira!
Em meio de arvoredo, azenhas e ruínas,
Pulavam para a fonte as bezerrinhas brancas!
E, tetas a abanar, as mães, de largas ancas,
Desciam mais atrás, malhadas e turinas.
Do seio do lugar – casitas com postigos –
Vem-nos o leite. Mas baptizam-no primeiro.
Leva-o, de madrugada, em bilhas, o leiteiro,
Cujo pregão vos tira ao vosso sono, amigos!
CESÁRIO VERDE (1855-1886), O livro de Cesário Verde
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